quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mysteriis Aegyptiorum

"   A Sibila de Delphos recebia o deus (a inspiração) de duas maneiras: por um certo espírito sutil e ígneo que se lançava impetuosamente por qualquer abertura da caverna onde ela se encontrava à sua espera (chama exígua saindo da solidão); ou então se assentando no fundo do santuário, sobre um assento de bronze de três ou quatro pés, consagrado ao deus (sozinho repousado sobre o tripé de bronze), onde ela se encontrava exposta dos dois lados ao espírito divino que vinha iluminá-la com um raio de fogo sagrado (esplendor divino).
   Além disso, uma sacerdotisa de Branchus (célebre oráculo da antiguidade pagã) que ditava os oráculos, assentava-se no lugar consagrado, tendo à mão uma varinha que lhe fora dado por algum deus (a vara na mão é metida entre as pernas do tripé), banhava seus pés e a barra de sua roupa na água, aspira o vapor que sai da água e se enche, por suas encantações, do espírito divino, e o deus que veio ao seu encontro profetiza para ela; porque, por todas essas práticas, ela se colocou no estado de receber o deus que entra nela."
Jâmblico - Mysteriis Aegyptiorum 


Nenhum comentário:

Postar um comentário